quarta-feira, 22 de setembro de 2010

TPM - Lição do Dia

POSTANDO PARA A NINA:

Não sei o que ocorre comigo em kombis. Sempre que venho trabalhar direto da faculdade, pego uma, nunca a mesma, mas todas iguais: pessoas suadinhas, que gritam onde vão ficar e aquele pagode-brega que eu nunca conheço tocando no rádio. Acho ótimo aquele momento 'ciências sociais da minha semana', mas cara, por que eu?

Uma vez, foi a mulher do meu lado. Eu sentei na janela atrás do motorista, ela sentou grudadinha. Eu estava lendo uma Gloss, e percebi que ela estava quase SENTADA no meu colo, lendo também. Ok. Passa a foto da Dieckmann, ela comenta da roupa. Eu ri. Passa uma matéria da Julia Roberts, ela faz um comentário. Resmunguei qualquer coisa. E então eu mudei de página...

- Peraí, deixa eu ler.

E ela pegou a revista da minha mão. Simples assim.

Olha, eu não sei como funciona nas kombis espalhadas pelo país, ou pelo mundo, mas me diga: existem revistas DA KOMBI, tipo existem em salão de beleza e recepções de lugares públicos, onde as pessoas podem pegar e ler normalmente? Ainda que haja, você costuma INTERROMPER a leitura de alguém? Se sim, você é uma sem-noção, amiguinha.

Fiquei olhando com cara de 'ah, mentira...' enquanto ela lia sobre a vida da Sandra Bullock na MINHA Gloss que EU paguei cinco reais (é só comigo ou bons tempos que três e noventa pagavam uma revista o dobro do tamanho?) do meu lado, e a viagem passando...

Ela LEU A MATÉRIA enquanto Catumbi e Sambódromo passavam do lado de fora da janela, até que chegou a Central e ela me devolveu a revista, saindo da kombi em seguida. Fiquei procurando em volta a câmera do táxi do Gugu ou qualquer coisa parecida. Mentira, não fiquei, mas... Oi?

Outro dia a motorista, ou assassina em massa, como quiserem, foi conversando comigo do RIO COMPRIDO até quase a RIO BRANCO (coloque no Google Maps se você não é do Rio ou é mas não é amiga da bússola) pelo retrovisor, quase atropelando umas cinco pessoas e batendo em uns seis carros, e nisso eu juro que não exagero.

Uma vez, o motorista CISMOU com a minha pessoa, dizendo que eu era irmã do garoto que estava do meu lado, que por acaso era meu amigo. Eu disse que não éramos parentes, o cidadão NÃO TEM NADA A VER COMIGO, mas e daí? O cara foi falando disso o caminho inteiro, e eu rindo sem graça de dizer 'ô filho, tá me chamando de jequinha?', com todo carinho ao meu amigo jequinha.

Tudo isso pra dizer que hoje eu entrei na kombi esquecendo meu histórico neste veículo. Mas não por muito tempo: a mulher que entrou e sentou do meu lado me olhou inteira (o que é muito, visto que meço 1,70), olhou pra minha unha que, tadinha, tá meio descascadinha, e olhou pra dela mesma, sabe 'se gabando', algo como 'minha unha está linda, fiz agora'? Sério, quase ri.

Era uma senhora de uns 40 e tantos anos, cara, 'tirando onda' com uma menina de 20 e poucos? Não me deixem fazer isso nem com 30, quem dirá com 40!! E mais: ela passou a viagem TODA bufando algo como 'que saco' ou coisa parecida até a Central, onde ficou. Um ps: achei hor-ren-da a cor que ela escolheu, mas nem por isso fiz um 'aloka', né? :P

Lição do dia: Nina, deixa de ser muquirana e pega um ônibus.

By Nina Lessa

Um comentário:

  1. Dá até pra imaginar sua cara quando a mulher tomou a revista da sua mão! rsrsrsrsrs
    Adoreiiiiiiii! Beijão.

    Lorena Carvalho

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